TERRA (JOSÉ) – CANTO SUBMERSO
TERRA (JOSÉ) – CANTO SUBMERSO
Portugália Editora. Lisboa. [1956]. In-8º de 60-VIII. Br.
Do site do Instituto Camões (www.instituto-camoes.pt), transcrevemos, com a devida vénia, o seguinte artigo sobre o autor e a propósito do seu falecimento em Janeiro do corrente ano:
“José Terra, professor jubilado da Universidade Sorbonne Paris IV, filólogo, poeta, ensaísta e figura de referência dos Estudos de Língua Portuguesa em França, faleceu a 17 de janeiro de 2014 em Paris, aos 85 anos. Enquanto catedrático, fundou o Departamento de Estudos dos Países de Língua Portuguesa na Universidade Paris 8 Vincennes-Saint-Denis. Criou igualmente os primeiros cursos de “Português Língua Estrangeira” no Centro Cultural Gulbenkian em Paris, que estiveram na origem dos que hoje são ministrados no Centro Cultural do Camões IP, localizado na mesma cidade. Doutorado em França, em 1984, com a tese “João Rodrigues de Sá de Menezes e o humanismo português”, teve uma intensa atividade como professor e também como autor de ensaios e de poesia. Admirado pela obra, pelo percurso, e também pelo seu temperamento amável, tornou-se ao longo dos anos uma figura muito estimada de toda a comunidade portuguesa residente naquele país. José Terra é o pseudónimo de José Fernandes da Silva, nascido a 24 de maio de 1928 em Prozelo, no concelho de Arcos de Valdevez. Como poeta, estreou-se em 1949, com o livro “Canto da ave aprisionada”, uma edição de autor que foi apreendida pela censura, contou à Agência Lusa Luís Amaro, que organizou a Obra Poética de José Terra, em quatro volumes, que “deverá sair dentro de 15 dias” na Modo de Ler, editora livreira do Porto, disse. José Terra foi cofundador da revista “Árvore: – folhas de poesia” (1951-53), com António Luís Moita, António Ramos Rosa, Raul de Carvalho e Luís Amaro. A sua obra “Espelho do Invisível”, editada em 1959, foi considerada por Ramos Rosa, na revista Seara Nova, como “um dos mais notáveis livros de poesia portuguesa, escrito nos últimos anos”, recordou Amaro. “Nessa mesma crítica, Ramos Rosa referiu-se aos 39 sonetos que constituem a obra, [colocando-os] entre os mais belos da Língua Portuguesa de qualquer época”. “Para o poema da criação” (1953) e “Canto submerso” (1956), este distinguido com o Prémio Teixeira Pascoaes, são outros dois títulos poéticos de José Terra, que escreveu também o conto “Vou até ao fim do mundo” (1951). Tendo frequentado o seminário até aos 17 anos, José Terra licenciou-se em Filologia Clássica pela Universidade de Lisboa, cidade onde lecionou no ensino secundário. Em 1957 foi nomeado pelo Instituto de Alta Cultura como Leitor de Português numa universidade em França, e desde então “não mais deixou de ensinar e promover a língua e a cultura portuguesas nesse país”, disse à Lusa José Carlos Canoa, autor do blog “Literatura,Literatura,Literatura”, e professor do Ensino Secundário. Como ensaísta, Terra dedicou-se sobretudo à literatura e à história do Renascimento. Como tradutor, José Terra passou para português obras de David Garnett, Giovanni Papini, François Mauriac, Vasco Pratolini, Albert Camus, André Maurois, Paul Arrighi, Pierre Teilhard de Chardin, Elio Vittorini, Georges Le Gentil e Colette Callier-Boisvert. Para francês, José Terra traduziu uma antologia poética de Ruy Belo, “Une façon de dire adieu” (1995)”.
Bom exemplar, inteiramente por abrir.
20,00 €
Em stock