TASSO – PERIODICO LITTERARIO, QUINZENAL

Proprietario L. W. DA FONSECA VASCONCELLOS

1º e 2º Volumes.

PORTO:  Typ. de Alexandre da Fonseca Vasconcellos. 1870. In-4º de 96 págs. Br.

A designação no frontispício de cada número passa a ser TASSO, Jornal Litterario e Recreativo.

Do “Prólogo”: “(…) O Tasso será um periodico quinzenal, de 8 páginas cada numero, de duas columnas cada página, e de não sei quantas linhas e letras cada columna. (…). Não será politico, burlesco ou satyrico; nem commercial ou de noticias. Chamar-lhe-iamos affoutamente litterario, se um escriptor assás respeitavel pelo seu talento, não nos dissesse, ainda ha bem pouco, no prologo de um semanario de que é redactor, que no Porto só tem existido dous periodicos puramente litterarios, abonando-os para isso com illustração e bons nomes dos seus collaboradores. (…) é que o Tasso será um periodico de romances originaes e traduzidos, de artigos recreativos, de poesias, charadas, descripções, biographias, etc. Apparece modesto e sem grandes pretenções. (…)”.

A capa feita pelo editor em 1870 diz tratar-se do 1º e 2º volumes. O nosso exemplar contém apenas os primeiros 12 números (8 págs. cada), todos de 1868. Ao que parece a publicação completa terá 48 números, num total de 384 páginas e termina em 1870.

As colaborações incluem nomes como Maria Amália Vaz de Carvalho, Manuel Maria Rodrigues, Cezar Neves, Reinaldo Barcellico, Joaquim da Cunha Cardoso, Manuel de Oliveira Cardozo Baldaia, Joaquim Pinto de Sousa Macário, Francisco Palha, António Xavier Rodrigues Cordeiro, F. P. Soares da Mota, Manuel Pinheiro Chagas, etc. (Nem todos os nomes referidos figuram nestes primeiros 12 números).

Pensamos ter sido nesta revista que pela primeira vez foi publicado o famosíssimo romance “A Rosa do Adro”, de Manuel Maria Rodrigues.

O volume inclui em anterrosto uma boa gravura impressa no Porto, representando Tasso.

Exemplar em fraco estado de conservação. A capa está muito manuseada e solta do volume; o último caderno também está solto e tem falta de pequeno pedaço de papel.

Ideal para encadernar ou para completar outras colecções incompletas.

MUITO INVULGAR.