PAIVA (P. SEBASTIÃO DE) – HISTÓRIA PARENÉTICA DOS DOUTORES ANTIGOS
HISTORIA// PARAENETICA// DOS DOVTORES// ANTIGOS// Scripta// PELLO P. FR. SEBASTIÃO// de Paiua, Prègador Gèral da Ordem// da Sanctissima Trindade, Re-// dempção dos Cattiuos.// A// IORGE GOMES DO ALAMO// Fidalgo da Casa de Sua Magestade// Cavalleiro da Ordem de Christo// LISBOA// na Officina de Henrique Valente de// Oliveira. Anno 1657. In-8º de VI-343 págs. Enc.
Escreve mestre Inocêncio da Silva, após a descrição técnica do livro: “(…) havendo um salto na numeração que passa da pág. 176 a 178. Contém resumidas as vidas de Orígenes, Tertulliano, S. Cypriano, Sancto Athanasio, S. Gregorio Nazianzeno, Santo Ambrosio e S. João Chrysostomo. Conservo dous exemplares d’este livro com rostos differentes. Um d’elles tem, afóra o frontispício impresso, outro gravado em chapa de metal. Ao segundo falta esse rosto gravado; porém há em seu logar um escudo d’armas, egualmente de gravura, que no primeiro se não encontra”.
Sobre o autor, informa Inocêncio: “Fr. Sebastião de Paiva, Trinitario, Mestre de Theologia, e Prégador geral na sua Ordem. Professou em 24 de Março de 1621. Foi natural de Lisboa, e m. em 9 de Setembro de 1659. Ou por moda, ou por paixão, mostrou-se defensor acérrimo dos Sebastianistas, fazendo a apologia d’esta crença em escriptos, que, segundo Barbosa, ficaram inéditos, e se conservavam no mosteiro da Trindade. É de suppor que ficassem de todo consumidos no incêndio que reduziu a cinzas este convento, com as suas officinas e livraria, ainda antes do terremoto de 1755. O que deste auctor existe impresso é o seguinte: [a presente obra] e Juridica resposta a um papel anonymo manuscripto, que contra certas censuras apostolicas, proferidas em uma causa dos Religiosos da Sanctissima Trindade, se divulgou“.
Fica-nos pois a informação que só são conhecidas duas obras de Fr. Sabastião de Paiva.
Encadernação coeva seiscentista inteira em pergaminho com os dizeres pintados na lombada, como soía fazer-se no séc. XVII.
O livro está em surpreendente estado geral de conservação, sobretudo se se tiver em conta os 400 anos que já leva de vida desde que saiu do prelo. Não tem assinatura de posse, humidades nem vestígios de xilófagos. O papel ainda está “cantante” e muito branco, o frontispício não tem qualquer restauro e as capas são as originais seiscentistas em imaculada condição. Tem ex-libris da preciosa e antiga biblioteca do médico portuense Dr. Fernando d’Abreu.
MUITO RARO, sobretudo nas condições em que se apresenta.
450,00 €
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