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REF: 9416 Categoria:

CASTELO DE PAIVA (BARÃO DO) – NOVISSIMOS OU ULTIMOS FINS DO HOMEM

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CASTELO DE PAIVA (BARÃO DO) – NOVISSIMOS OU ULTIMOS FINS DO HOMEM

Pelo Barão do Castello de Paiva. Tomo I [& Tomo II].

LISBOA. Typogrphia Universal. 1866. 2 vols. In-8º gr. de 436 + 451- I págs. Br.

A propósito desta obra, transcrevemos de Inocêncio:

“António da Costa Paiva 1.º Barão de Castelo de Paiva, Bacharel formado em Filosofia pela Universidade de Coimbra; Doutor em Medicina pela Faculdade de Paris; Lente jubilado da Academia Politécnica do Porto; Vogal do Conselho geral de Instrução Publica, Membro do Conselho Dramático; Sócio efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa; Associado estrangeiro da Sociedade Zoológica de Londres, da Sociedade de Historia natural de Cassel (Alemanha), da Sociedade das Ciências Naturais de Estrasburgo, das Sociedades Botânicas de França e de Edimburgo, da Academia Imperial de Medicina do Rio de Janeiro, das Academias de Medicina e Cirurgia de Tolosa, Marselha e Montpellier, etc. Natural da cidade do Porto; e nasceu em 12 de Outubro de 1806. Em uma advertência preliminar dá ele conta dos motivos que o determinaram a compor e dar ao prelo esta notável obra. «Foi para me libertar dos remorsos que me atormentavam, e também para valer as almas que dentro ou fora do grémio católico quisessem abraçar se à cruz de Jesus Cristo, que me resolvi a publicar este livro. Devo ingenuamente confessar que a triste recordação de haver sido obstinado ateu, me perseguia a ponto de jamais poder descansar. Á divina graça, e não aos homens devo a minha inesperada conversão. Desde que o Senhor me descerrou os olhos da alma senti me outro. Ainda hoje me horrorizo do precipício em que por tantos anos estive suspenso… A falta de ciência sobre assunto tão alheio a meus estudos, não pode desculpar se senão porque Deus, a quem devo o beneficio da minha conversão, me ordenou que sem receio dos homens compusesse este livro em louvor do seu santo nome, e de sua divina lei… Escrevi somente por obedecer a Deus.» O Sr. Camillo Castello branco examinando este trabalho á luz da critica sisuda, em um artigo publicado em folhetim no Comércio do Porto em Dezembro de 1866 (e que foi textualmente reproduzido em suplemento ao n.º 360 do Direito, jornal do Funchal) fez dele uma apreciação em extremo honrosa e lisonjeira para o autor, contrastando singularmente com as de outros críticos, que trataram o assunto, não já com severidade, mas até com desabrimento menos conforme às leis do decoro e gravidade. «Eis aqui uma obra que não parece de hoje em dia (diz o insigne romancista); quer a vejamos virtual quer literariamente. A substancia dela prende com os tempos luminosos do muito crer, e do muito entrar se o homem do convencimento do seu nada. A forma, o dizer, é de tão bom quilate português, que apenas poderei estremar a vernaculidade do autor dos «Solilóquios» dentre as páginas lusitaníssimas do autor dos «Novissimos», que tanto ombro a ombro se eleva com o oratoriano (P. Manuel Bernardes), de quem temos um devoto livro, idêntico na tenção e no titulo… O Sr. Barão do Castelo de Paiva, a um tempo, movido de ferventes estímulos de amor a Deus, e consubstanciado no modo de exprimi-los pelo estilo dos místicos do século do ouro, tanto em fé, como em brilho de eloquência, deu á estampa os seus «Novissimos». O autor desejando tornar acessível a todos a leitura destes livros, mandou fazer a tiragem de três mil exemplares em bom papel, e expô-los á venda pelo preço modicíssimo de 800 réis. Ninguém ousara dizer que o movesse a cobiça do lucro! A extracção correspondeu ao intento, por modo que, segundo sou informado, acha se quase exausta a edição, e talvez sem grande delonga será a obra reimpressa”.

Exemplares em muito razoável estado geral de conservação. O 1º vol. está parcialmente por abrir e tem pequeno rasgão, sem perda de texto, no rosto e anterrosto. O 2º vol. está inteiramente por abrir, apresenta ínfimo furo de bicho que afecta as primeiras páginas e pequena falha de papel no canto superior esquerdo da lombada.
Apesar da grande tiragem que esta obra teve na época, é nos dias de hoje de escasso aparecimento no mercado alfarrabista.

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