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desde 1952

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REF: 17474 Categoria:

CAMÕES (LUÍS DE) – OS LUSÍADAS

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CAMÕES (LUÍS DE) – OS LUSÍADAS

Edição Critica-Commemorativa do Terceiro Centenário da Morte do Grande Poeta.

Publicada no Porto por Emilio Biel. Typographia Giesecke & Devrient. Leipzig. MDCCCLXXX [1880]. In-fólio de [4]-LVI-375-XCII págs. + 34 gravs. Enc.

Edição monumental, de enormes dimensões, primoroso testemunho do apogeu das artes gráficas de finais do século XIX. Com efeito, depois da “Edição do Morgado de Mateus”, é considerada a mais bela edição do imortal poema de Camões.
Esta ousada inicitiva editorial foi da responsabilidade de Emilio Biel (1838-1915), alemão residente no Porto desde 1860 e que ficou célebre por ser um dos introdutores da fotografia em Portugal e editor de notáveis obras artísticas como, por exemplo, “Arte e Natureza em Portugal”.
Profusamente ilustrado com vinhetas no texto, gravuras intercaladas no texto e abertas em chapa de metal (desenhadas por Oscar Begas e gravadas por Lindner, desenhadas por Kostka e gravadas por Goldeberg, Deninger e outros), anterrostos no início de cada um dos dez cantos do poema litografados em policromia (desenhos por Gnauth e gravações por Bankel), anterrosto da obra com a gravura de Camões desenhada por Burger e gravada por Pickel e por Neumann, e magnífica fotogravura do Imperador D. Pedro II do Brasil, a quem é dedicada a obra, aberta em chapa de aço a partir de uma fotografia de Fillon.
A obra é ainda enriquecida com uma introdução de José Gomes Monteiro, também responsável pelas notas com Barreto Feio e ainda um apêndice contendo uma tabela comparativa das variantes das duas edições princeps de 1572 e um texto intitulado “Camões e Os Lusíadas” asssinado por J. da Silva Mendes Leal.

Vejamos as considerações sempre avisadas de Inocêncio da Silva (XIV, 179):

“Edição de Biel, do Porto: Os Lusiadas de Luiz de Camões. Edição critica commemorativa do terceiro centenario da morte do grande poeta. Publicada no Porto por Emilio Biel. Tyographia de Giesecke & Devrient, estabelecimento graphico, Leipzig, MDCCCLXXX. Fol. de 8 inumeradas) LVI 375 XXXIII XCII pag. Com os retratos de Camões e do Imperador do Brasil, e estampas alegóricas. A dedicatória ao Imperador do Brazil é assim: A Sua Magestade o Senhor D. Pedro II, Imperador de Brazil, Homenagem do mais profundo respeito, offerece e dedica o editor Emilio Biel». Depois do retrato do Imperador (feito por uma photographia de Fillon), vem uma página com estas indicações: Introducção, notas, tabellas de variantes e revisão do texto baseada na 2.ª edíção de 1572, e na de 1834 (de Hamburgo), revista e retocada pelo ex.mo sr. José Gomes Monteiro, socio correspondente da academia real das sciencias e membro de varias academias estrangeiras. Poemeto commemorativo Camões e os Lusiadas (estudo sobre a vida e obras do poeta) pelo ex.mo sr. José da Silva Mendes Leal, do conselho de Sua Magestade, par do reino, ministro e secretario d”estado honorario socio da academia real das sciencias de Lisboa, enviado extraordinario e ministro plenipotenciario de Sua Magestade Fidelissima em París, etc. etc.). Seguem se a lista dos artistas que com os seus trabalhos enriqueceram esta obra, o poema commemorativo Visão! (pag. III a XIV), e na pagina seguinte vem os titulos: Os Lusiadas de Luiz de Camões, edição critica com um estudo sobre a vida e obras do poeta pelo Exmo Sr. José da Silva Mendes Leal… baseada sobre a 2.ª edição de 1572, emendada pela de 1834 (de Hamburgo) revista e retocada pelo ex.mo sr. José Gomes Monteiro… enriquecida com 12 gravuras originaes em aço, trabalho dos mais notáveis artistas da Europa, assumptos e desenhos aprovados por Sua Majestade El-Rei o Senhor D. Fernando. Publicada per Emilio Biel, Porto. O texto do poema foi primeiramente impresso no Porto, typographia de A. J. da Silva Teixeira, revisto por Gomes Monteiro. Esta impressão preparatória serviu de original para a composição na imprensa de Leipzig. As estampas, excluindo o retrato de Sua Magestade o Imperador, no principio, são vinte e uma, onze roproduzidas das da edição do Morgado de Matteus e dez de composição nova, desenhadas e gravadas em Leipzig. As gravuras reproduzidas (redução pela fotografia) são Camões na gruta de Macau, e as dos cantos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX e X, e as novas são: a do rosto com o novo busto de Camões, e as dos cantos I, II, IV, V, VI, VII, VIII, IX e X. Para se avaliar a reprodução fotográfica, que alias alterou, na minha opinião, a extraordinária beleza de algumas das gravuras da edição monumental do morgado de Matteus, observarei que as estampas mandadas fazer por este têm 0.m,195 de altura e 0.m,158 de largura e as da edição de Biel tem 0.m,190 de altura e 0.m,150 de largura. Foi esta diferença bastante para diminuir, no contorno e no claro escuro, o tom e vigor das gravuras citadas, que os mestres e entendidos consideram como primores e modelos no género. Eis os artistas que trabalharam na edição de Biel, conforme os encontro citados na própria obra (pag. II): os quadros a oleo, que serviram de base ás gravuras em aço, foram executados por Begas, professor da escola artistica de Berlim, Liezen Mayer, director da academia de bellas artes de Stuttgart, Kostka, pintor historico de Berlim, as gravuras em aço, pelos artistas Deininger, Goldberg, Krausse, Lindner, Martin, Nüsser, Pickel, Schultheiss, Wagenmann, os desenhos para as iniciaes e vinhetas finaes, por Ludwig Burger, membro da academia de bellas artes de Berlim, desenhados na madeira por Martin Laemmel e P. Grotjohann, e gravados por R. Brand”amour & C.ª e Kaeseberg & Oertel, as photogravuras por Emilio Biel & C.ª, do Porto, as composições das páginas titulos (rostos dos cantos), chromo typo por A. Gnauth, director da escola academica de Nürnberg, e a composição e impressão typographica sob a direcção de Giesecke & Devrient, instituto typographico de Leipzig. O papel para o texto foi fornecido por Bohnenberger e C.ª, de Pforzheim, e para as gravuras por B. Siegismund, de Leipzig.”

Encadernação editorial, muito sólida e bela, profusamente decorada.

O exemplar está em surpreendente estado de conservação, apenas com algumas normais manchas de acidez.

RARA PEÇA DE COLECÇÃO.

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