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desde 1952

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REF: 19550 Categoria:

BAUDELAIRE (CHARLES) – FLORES (AS) DO MAL

REF: 19550 Categoria:

BAUDELAIRE (CHARLES) – AS FLORES DO MAL

Tradução de MARIA GABRIELA LLANSOL. Posfácio de Paul Valéry.

Relógio d’Água. Lisboa. 2003. In-8º de 371-IX págs. Br.

Baudelaire nasceu em Paris a 9 de abril de 1821, filho de François Baudelaire, então com 62 anos, e da jovem Caroline. Após a morte do marido em 1827, esta desposou o comandante Aupick, mais tarde general e embaixador francês em Espanha, com quem Baudelaire cedo se incompatibilizaria.
Após a conclusão dos estudos secundários em 1839, Baudelaire, que se revelara um leitor compulsivo de «obras modernas», dedica-se a uma vida boémia e à escrita de poemas. Em 1850, conhece Nerval e Balzac e relaciona-se com Sarah, uma prostituta judia.
Ao atingir a maioridade reivindica a herança paterna, consome ópio e haxixe (experiência que está na origem de Os Paraísos Artificiais) e relaciona-se com atriz Jeanne Duval.
Em 1844, os seus bens são interditados judicialmente pela família. Baudelaire escreve em revistas literárias e aproxima-se dos românticos que evoluem para o esteticismo com Théophile Gautier, e dos realistas.
Em 1846, publica Salão de 1846, onde elogia Delacroix, e no ano seguinte a novela Fanfarlo.
Participa na luta revolucionária nas barricadas de Paris em 1848 e sente-se próximo dos socialistas utópicos.
A partir de 1852, saem várias traduções suas de Poe em revistas.
A 25 de junho de 1857 é posto à venda o volume com cem poemas de As Flores do Mal. Le Figaro denuncia a imoralidade da obra, que será confiscada.
1861 é o último ano de intensa criação para Baudelaire, apesar das frequentes manifestações de sífilis. Edita a segunda edição de As Flores do Mal com trinta e cinco novos poemas e estudos sobre Wagner e Victor Hugo.
Em 1863, Le Figaro publica O Pintor da Vida Moderna, escrito em 1856-1860, e La Revue nationale publica Poemas em Prosa.
A 7 de fevereiro de 1865, Le Figaro edita O Spleen de Paris. Mallarmé e Verlaine elogiam Baudelaire, que morre a 31 de agosto de 1867, sendo sepultado no cemitério de Montparnasse.

Do Posfácio de Valéry:

Há nos melhores versos de Baudelaire uma combinação de carne e de espírito, uma mistura de solenidade, de calor e de amargura, de eternidade e de intimidade, uma raríssima aliança da vontade com a harmonia, que os distingue nitidamente dos versos românticos, como os distingue nitidamente dos versos parnasianos. O Parnaso não foi excessivamente terno para com Baudelaire.
Leconte de Lisle criticava-lhe a esterilidade. Ele esquecia que a verdadeira fecundidade de um poeta não consiste no número dos seus versos, mas bem mais na extensão dos seus efeitos. Só podemos julgar com o passar do tempo. Vemos hoje que a ressonância, passados mais de sessenta anos, da obra única e muito pouco volumosa de Baudelaire, preenche ainda toda a esfera poética, que está presente aos espíritos, é impossível de ignorar, reforçada por um número notável de obras que dela derivam, que não são imitações, mas consequências, e que seria pois necessário, para ser equitativo, juntar à delicada recolha das Flores do Mal diversas obras de primeira ordem, e um conjunto de investigações mais profundas e mais subtis como nunca a poesia empreende.

Miolo rigorosamente como novo; a sobrecapa laranja de protecção tem pequenos ferimentos, sobretudo a posterior.

Livro há muito esgotado no editor.

 

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