Candelabro

Livraria Alfarrabista
desde 1952

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REF: 18126 Categoria:

LEITE (ARNALDO) – O “PORTO 1900”

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LEITE (ARNALDO) – O “PORTO 1900”

Desenhos por Manuel Monterroso. 2º milhar. Crónicas publicadas em O Tripeiro, revista mensal portuense, de 1949 a 1952.

1952. Livraria Figueirinhas. Porto. In-8º de 270-II págs. Br.

Obra já clássica sobre o Porto, ilustrada com as apreciadas caricaturas de Monterroso.
Com normais sinais de manuseamento e acidez acentuada sobretudo nas capas da brochura. Mesmo assim em bom estado geral de conservação.

De https://memoriacruzada.wordpress.com, com a devida vénia, retirámos o seguinte interessante texto:

“Arnaldo Leite nasceu no Porto, a 9 de Março de 1886 e escreveu a primeira comédia, com 16 anos de idade, iniciando precocemente uma carreira de sucesso na literatura teatral. Homem de cultura esteve ligado a várias instituições portuenses, nomeadamente a Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, escreveu e dirigiu várias publicações periódicas, sobretudo de carácter humorístico. Mas foi a comédia, sobretudo para teatro de revista, o género que o consagrou. Estreou-se no Porto, em 1907, com a peça “São Ordes!” e foi no Porto que manteve parcerias literárias com outros escritores, produzindo dezenas de peças em co-autoria com Carvalho Barbosa (29 peças em conjunto) e, já na década de 30, com Heitor Campos Monteiro.

“De que ria o Porto da primeira metade do século XX? Das peças de Arnaldo Leite, das caricaturas de Cruz Caldas (que mantinha grande cumplicidade com Arnaldo Leite) e do humor de revistas tão conceituadas como o Cócorócó (1924-1927), o Pirolito: bate que bate (1931-1934) e o Maria Rita, que este escritor dirigiu e onde escrevia com regularidade. Paralelamente, Arnaldo Leite tinha colunas humorísticas em diversos jornais, portugueses e brasileiros e colaborou, com crónicas de costumes, no emblemático Tripeiro.

“Da vasta obra de Arnaldo Leite, destaca-se o livro de poesia “Versos de um portuense” (1927) e a compilação de várias crónicas publicadas no Tripeiro a que deu o nome “O Porto 1900” (1952). Para teatro, escreveu “Pires da Costa Paio”, “O Luz em Queluz”, “Monólogo”, “Manhã Triste”, “O Adultério” e “O Mudo”, obras da sua exclusiva autoria. Em colaboração com outros autores, escreveu dezenas de peças, incluindo contos humorísticos, operetas e revistas, estas últimas estreadas nos palcos do Porto. Muitas das cançonetas e rábulas das suas peças ganharam fama e corriam a cidade de boca em boca e haverá ainda quem tenha memória de revistas como “Contas do Porto”, “Chá e Torradas”, Porto à Vista”, “Cama, Mesa e Roupa Lavada”, “O Pardal de S. Bento”, “A Costureirinha da Sé” ou “O senhor Ventura”.

“Em 1928 Arnaldo Leite foi agraciado com o Grau Oficial da Ordem Militar de Santiago, uma distinção honorífica em homenagem à sua obra literária. Em 13 de Julho de 1942, o Primeiro de Janeiro, na secção, Gente do Teatro, celebrava a carreira de Arnaldo Leite, por “haver completado, no sábado passado, trinta e cinco anos que se estreara como autor teatral com a revista “São Ordes!” e, desde então, em 1907, até hoje, não ter interrompido a sua actividade de escritor daquele género literário, sempre com brilho, honestidade de processos, orientando as suas peças num louvável sentido de enaltecer o Porto”. Quando morreu, em 1968, foi chorado por muitos portuenses, de todas as classes sociais, a quem tinha feito rir por muitos e longos anos”.

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